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Campanha do Daer orienta sobre danos causados pela colheita antecipada do pinhão na região da Rota do Sol (RSC-453/ERS-486)

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Banners alertando sobre os danos da compra antecipada do pinhão estão sendo expostos em diversos locais da região da Rota do Sol - Foto: Divulgação/Daer
Texto: Divulgação Daer

Além de imprópria ao consumo, a semente é utilizada como alimento por diversos animais que habitam as unidades de conservação ambiental 

“Se você gosta de pinhão, evite colher, comprar ou consumir antes do dia 1º de abril.” Esse é o mote da campanha promovida pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) – vinculado à Secretaria de Logística e Transportes (Selt) – voltada à preservação da semente da araucária presente na Rota do Sol, no trecho que vai da RSC-453, em Tainhas, a ERS-486, em Terra de Areia. 

“Pesquisas indicam que o pinhão serve como fonte de alimento para cerca de 70 espécies, incluindo aves e mamíferos. Por isso, é preciso respeitar a época de colheita dele para que a nossa fauna tenha tempo de se beneficiar desse importante recurso natural”, afirma o biólogo Luiz Carlos Leite, da Superintendência de Meio Ambiente (SMA) do Daer. De acordo com Leite, essa é uma das razões pelos quais a ação foi inserida no Programa de Comunicação Social da Rota do Sol, desenvolvido pela SMA em conjunto com a Assessoria de Comunicação Social (ACS) do Departamento.

“O objetivo do programa é orientar à população sobre os cuidados necessários para a preservação do meio ambiente. E é uma das condições para o licenciamento ambiental da Rota do Sol, conduzido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), necessário à operação da rodovia”, esclarece. 

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Material também foi instalado no Centro de Informações Turísticas de São Francisco Paula - Foto: Divulgação/Daer

“A Araucária, pinheiro existente na Rota do Sol e que se destaca por sua beleza, está ameaçada de extinção. Para conservá-la, é preciso consumir o pinhão no período correto, caracterizado pela queda das pinhas no chão”, detalha o engenheiro florestal Jefferson Floss, gestor da Reserva Biológica Mata Paludosa, uma das três áreas de conservação existentes no trecho. “Desse modo, os animais da floresta poderão espalhar as sementes enquanto as ingerem e alimentam seus filhotes”, explica. “Também sabemos que o pinhão verde é impróprio ao consumo e não tem um gosto bom. Além de fazer mal à saúde, tem o seu sabor e qualidades nutricionais comprometidos”, reforça.

Para divulgar informações como essa, banners serão expostos em paradouros e estabelecimentos localizados na rodovia, incluindo  postos de gasolina, restaurantes e tendas de artesanato, além de escolas e outros espaços públicos. Também serão realizadas  postagens nas redes sociais do Daer, com cards destacando os motivos para evitar o consumo da semente do pinheiro-brasileiro (Araucaria angustifolia) antes do período determinado pela Lei Estadual nº 15.915, de 22/12/22. Entre os temas dos posts, está a preservação da espécie, a garantia de alimentação para alguns animais e a saúde dos consumidores.

Sobre a Rota do Sol

O trecho de 53,5 km de extensão da Rota do Sol, que começa na região do Planalto, junto à ponte sobre o arroio Tainhas (RSC-453), e finaliza no “Viaduto de Transposição”, no cruzamento da ERS-486 com a rodovia BR-101, em Terra de Areia, atravessa uma região ambientalmente sensível composta por três Unidades de Conservação Ambiental: Estação Ecológica Estadual Aratinga, Área de Proteção Ambiental Rota do Sol e Reserva Biológica Estadual Mata Paludosa. É este trecho objeto do licenciamento ambiental conduzido pelo Ibama que contempla o Programa de Comunicação Social da Rota do Sol, desenvolvido pela Superintendência de Meio Ambiente (SMA) do Daer, em conjunto com a Assessoria de Comunicação Social (ACS) do Departamento. A área total da Rota do Sol tem 749,5 quilômetros, começando em Curumim, na Estrada do Mar (ERS-389), e terminando em São Borja, no Oeste do estado.

 



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